quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Quem não tem nada a perder tem mais chances de ganhar




Não me diga que você sofre, não me diga que seu coração dói
Não relate a agonia de se sentir só
Não chore por isso que
lhe corrói
Não peça pra eu sentir dó

Olhe no espelho e perceba que agora somos um só
Perceba que agora somos a mesma pessoa
Pois todos nossos sonhos reduziram-se a pó
E tudo que vivemos foi um tempo vivido atoa

Não me diga que sofres
Não me descreva seu sofrer
Não suponha que eu não sei

Perceba que o tempo passou e só agora percebeu
Quantas águas rolaram e você nem entrou no mar
Aquele sentimento bonito e sublime que te dei, se perdeu
Deu lugar a algo frio, duro difícil de se quebrar

Não tenho mais angustias a lamentar
As dores adormeceram meu corpo, não sinto mais
Não sinto mais coisas bonitas que um dia me pus a sonhar
Agora para a carcaça inútil, sentir já não é capaz

Pense que ao chorar, já chorei igual
Então não me espanto
Sei o quanto isso me foi natural
E por isso tudo que um dia foi lindo, perdeu o encanto

Por que é o fim e nem por isso vou me lamentar
Agora os olhos tristes olham o caminho cinza daqui pra frente
Do que ficou pra traz serviu para me ensinar
Amor não existe, o egoísmo é a gente quem cria na mente

Minha meta não é mais ninguém, meu caminho é a única opção
E eu não ligo por onde vou seguir, que importe que eu siga
Porque o que ficou, pra mim não serve e só me da razão
pra deter qualquer sentimento semelhante que persista

Amor é mato, amor é mar, amor é o luar...
Amor é tudo que me faz bem
Amor é não chorar
Amor vai e vem...
Mas duvido que um dia ele irá ficar...


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Véu de Noiva...



Perdi seu véu branco no meio da ventania do meu quintal
Pensando em devaneios, dias tristes na alegria que me inunda
Sonhei novamente com aquele céu do nosso vendaval
E mais uma vez deixamos as dores mudas

Pra viver um pouco da paz inatingível
Mil anos antes de te conhecer eu já sentia
Algo estranho que me passava pela cabeça
Tristeza qualquer que um dia talvez sofreria

E correndo por entre as folhas caídas das árvores da vida
Vi o vulto branco do teu véu
Descendo a luz brilhante do céu
Feliz fiquei com a sublime presença divina

Pensaste que havia lhe esquecido no meio do mato
Pensaste também que nada haveria de chorar
Talvez um novo sonho nos fizesse voar
Mas caímos no fundo dos nossos sentimentos abalados

Um misto de mim em você e eu não sei o que fazer
Com tantos afins te dizer que na verdade somos assim
Assim meio e fim pra sempre de um jeito diferente
Distante mas presente, perdi seu véu em mim...


Bruna Sampaio