terça-feira, 14 de julho de 2009


Eu tirava fotografias quando ví
eu acalmava todo o ímpeto que me tomava
Eu acabara de cair em sono profundo
só para focar aonde o Sol irradiava

Eu sucumbia a minha vontade
E flutuava no imerso
Eu já nem sabia se era verdade
Mas da luz e da sombra eu fazia verso

Eu senti doces lábios
e o refresco da chuva
Eu fiz saudade do passado
E do presente faço candura

Eu escrevi sobre meus sonhos
que alguma borracha apagou
eu fiz amor com meu mais profundo pranto
Nasceu ali algo que jamais se acabou

Bruna Sampaio

Não há palavras, nem mais nada
não há desculpas para os impulsos
Não há pensamentos para o silêncio
não há diálogo, está calada

Não há sonhos, ou ao menos pesadelos
Não há desapego ou desprezo
Não há carinho, ardor ou zêlo

Não tem criança
a fera não amansa
assassinaram a esperança
esquece da lembrança

Não há patetas...poetas
Não há dizeres certos
não há olhares tristes
não há frascos de remédios

Não há AMOR, nem coração para fazê-lo
Não há beleza , não existe disposição
Não há projetos...incertos
Já não existe obsessão

Deve de haver LUTA em algum "canto"
Onde conseguem gritar, derrotar
Deve de haver FORÇA, vontade
Sonhos de viver nesse lugar
Onde a FOME não há


Bruna Sampaio