quinta-feira, 2 de abril de 2009

A gente quer ver o horizonte distante...


Sabe quando a gente pede um tempo pra sentar e chorar toda a tristeza acumulada ao longo dos dias? Pois é, isso é preciso, caso contrário a gente murcha como uma flor na entrada do inverno. E cada dia que nasce a gente tenta não se importar tanto com os problemas, viver como criança um pouquinho, que só quer brincar, aproveitar o dia pra brincar de todas as brincadeiras possíveis, antes que a noite chegue e dê a hora de dormir.
Aproveitar a vida ao máximo, cada partícula de momento por mais insignificante que seja, por mais triste...
Mas tem vezes que não da, a vontade é de correr as horas e passar logo por esses momentos difíceis. Você se imagina o Huck, forte, preparada, perseverante, disposta a encarar situações diversas...e nessas horas eu vejo o quão somos pequenos, frágeis, incapazes. Seja por amor, por medo, por raiva, sempre vai ter algo pra te desestruturar, te colocar a prova, te testar. E tem coisas que te fazem tirar forças de onde nem se imagina, mas ninguém é forte pra sempre, uma hora o "turbo" acaba, e você tem que começar do zero.
É difícil começar do zero, olhar pra traz e não ter nada além de passado finito, quem dera eu ficar parada no tempo, inerte a tudo.
Só que não da pra ficar parado, e então a gente olha pra frente, sente aquele frio na espinha, é o medo do novo. Afinal caminhamos ao rumo do inesperado.
Vou novamente depois de tudo ter sido destruído pelo furacão atraz dos meus sonhos, na luta pela vida, liberdade e amor, não vou viver só porque existo, não vou deixar os dias passarem em vão.
E "depois da tempestade vem a bonanza", não se deixe ruir assim tão fácil, mas se puder, sempre pare pra chorar o máximo que puder, pois como disse a Mai :
"Pilares populares, sustém a vida e nos ensinam que na arte do viver, precisa arte..."


Bruna Sampaio